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Algo que temos observado em muitas implementações de tecnologias emergentes na indústria chama atenção: o abismo entre o novo e o experiente.
Imagine um motor crítico sendo monitorado por sensores de última geração. De um lado, temos algoritmos processando milhares de dados por segundo. Do outro, temos o “João”, com 25 anos de experiência, que conhece cada nuance daquele equipamento apenas pelo som que ele faz.
E sabe o que descobrimos? O sistema mais eficiente é aquele que une os dois mundos. Vimos casos onde empresas investiram fortunas em sistemas IoT, descartando a experiência de seus veteranos.
O resultado? Alarmes mal configurados, parâmetros inadequados e, ironicamente, redução na assertividade das predições.
Por outro lado, quando profissionais experientes são integrados ao processo:
- Os parâmetros de monitoramento ganham contexto real;
- Os limites de alarme refletem a verdadeira criticidade;
- As análises automáticas são enriquecidas com conhecimento prático;
Um caso real: Uma planta siderúrgica conseguiu reduzir em 65% suas paradas não programadas após integrar a expertise de seus veteranos ao novo sistema de monitoramento online.
Não foi a tecnologia sozinha – foi a fusão perfeita entre o novo e o experimentado. A verdade é que não existe dicotomia entre tecnologia e experiência. O profissional veterano em preditiva não é um obstáculo à digitalização – ele é o catalisador que potencializa seus resultados.
Como diz aquele velho ditado atualizado: “A experiência é um software que não pode ser baixado.”
Vamos valorizar nossos profissionais experientes enquanto abraçamos as novas tecnologias. Afinal, o futuro da manutenção não está apenas nos sensores, está na sabedoria de quem conhece as máquinas como a palma da sua mão.
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