No universo da manutenção preditiva, a ferrografia se destaca como uma técnica poderosa e precisa para o monitoramento da saúde de máquinas e equipamentos. Baseada em princípios tribológicos — a ciência que estuda a interação entre superfícies em movimento —, essa metodologia permite identificar e classificar partículas presentes em óleos lubrificantes, fornecendo diagnósticos antecipados sobre o estado dos componentes mecânicos.
A ferrografia é uma técnica laboratorial voltada à análise de partículas metálicas e não metálicas presentes em amostras de lubrificantes. Por meio da observação da morfologia, coloração, tamanho e natureza dessas partículas — como limalhas metálicas, areia, borra, fuligem e fibras orgânicas —, é possível entender o tipo de desgaste que ocorre nos componentes internos das máquinas, identificar contaminantes e até avaliar o desempenho do próprio lubrificante.
O principal objetivo da ferrografia é diagnosticar a severidade do desgaste, possibilitando a tomada de decisões estratégicas sobre manutenção, evitando falhas inesperadas, otimizando a performance dos ativos e estendendo sua vida útil.
Diferentes tipos!
A ferrografia se divide em dois tipos principais de análise: analítica e quantitativa.
Exame analítico:
Essa modalidade se concentra na visualização direta das partículas sob o microscópio. A análise permite diagnosticar o tipo de desgaste (como abrasão, esfoliação ou corrosão), sua origem e severidade. As partículas podem ser classificadas pela forma (laminares, esféricas) ou natureza (polímeros, óxidos, contaminantes orgânicos).
Exame quantitativo (leitura direta):
Aqui, o foco está na medição do tamanho e da quantidade de partículas. Utilizando o ferroscópio, as partículas são classificadas em duas categorias: Large (L) para partículas maiores que 5 µm, e Small (S) para aquelas iguais ou menores que 5 µm. A análise quantitativa é usada para identificar tendências de desgaste ao longo do tempo.
Onde aplicar
A versatilidade da ferrografia permite sua aplicação em diversos setores da indústria. Equipamentos como redutores, turbo-geradores, motores a diesel, sistemas hidráulicos, mancais, compressores centrífugos, de parafuso ou alternativos, são exemplos de ativos que se beneficiam diretamente dessa técnica.
Ao permitir um diagnóstico preciso e antecipado de falhas, a ferrografia contribui para:
Aumento da confiabilidade operacional;
Redução de custos com manutenções corretivas;
Planejamento mais eficiente das paradas técnicas;
Maior vida útil de componentes e lubrificantes.
Com expertise em análises preditivas e diagnóstico de falhas, a Semapi utiliza a ferrografia para antecipar problemas, otimizar recursos e garantir a máxima confiabilidade dos ativos dos nossos clientes. Entre em contato com nossos especialistas e descubra como essa solução pode transformar a gestão da manutenção na sua empresa.