Sensores e sentidos: a inspeção humana na era do IoT 

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Geralt, Pixabay

Em um mundo cada vez mais conectado, onde sensores IoT monitoram continuamente nossos ativos industriais, uma verdade permanece inabalável: nenhum sensor substitui o olhar atento, o ouvido treinado e o toque experiente de um profissional de manutenção. 

Recentemente, acompanhei um caso revelador: uma indústria de processo contínuo, totalmente instrumentada com sensores de última geração, enfrentou uma parada inesperada.

Experiência

O que os sensores não detectaram, um operador experiente havia notado dias antes: uma sutil mudança no som do equipamento, um leve odor diferente, uma pequena vibração irregular. 

Por que isso acontece? 

  • Sensores são programados para detectar parâmetros específicos; 
  • O ser humano integra múltiplos sentidos simultaneamente;
  • A experiência permite correlacionar sintomas aparentemente não relacionados; 
  • A intuição desenvolvida ao longo dos anos não pode ser algoritimizada;

Os números não mentem: 

  • 40% das falhas precoces são primeiro detectadas por inspeção sensitiva; 
  • 35% das paradas não programadas apresentaram sinais perceptíveis aos sentidos humanos antes do alarme dos sensores; 
  • 55% dos diagnósticos precisos dependem da combinação de dados dos sensores com observações humanas; 

Sinergia

A verdadeira revolução industrial 4.0 não está na substituição do humano pela máquina, mas na sinergia entre eles. O profissional de campo agora conta com dados precisos para confirmar suas percepções, enquanto os sistemas automatizados ganham o refinamento da experiência humana. 

Como um veterano da manutenção diz: “O sensor me diz o que está acontecendo. Minha experiência me diz o que vai acontecer.” 

É hora de reconhecermos: a presença humana no chão de fábrica não é apenas necessária – é fundamental. Sensores são nossos aliados, não nossos substitutos. 

Leia também: O Papel do IoT e a importância da interpretação humana nos laudos técnicos – SEMAPI;

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