Na manhã de 1º de fevereiro de 1974, o Brasil foi surpreendido por uma das maiores tragédias urbanas de sua história: o incêndio no Edifício Joelma, no centro de São Paulo. Um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar deu início a um incêndio de grandes proporções, que se alastrou rapidamente por salas pequenas, repletas de divisórias, móveis de madeira, carpetes e cortinas. A estrutura da cobertura, com telhas de amianto sobre madeira, e a ausência de isolamento entre andares agravaram ainda mais a situação.
O edifício, moderno para os padrões da época, não contava com escadas de emergência, nem plano de evacuação. A única escada central se transformou em uma verdadeira chaminé, impossibilitando a fuga. Os hidrantes estavam sem água e não havia brigada de incêndio. As instalações elétricas, feitas por profissionais não certificados, completavam o cenário de vulnerabilidade. O saldo foi devastador: 181 mortos e mais de 300 feridos.
Naquele período, o Código de Obras vigente na capital paulista ainda era o de 1934 — defasado diante da urbanização acelerada da cidade. O incêndio no Joelma, somado ao ocorrido dois anos antes no Edifício Andraus, acendeu um alerta definitivo sobre a necessidade de reformas profundas nas normas de segurança predial.
Mudança nas normas
Seis dias após a tragédia, o então prefeito Miguel Colassuonno publicou o decreto 10.878, estabelecendo novas regras para edifícios na cidade. Entre elas, passaram a ser exigidas rotas de fuga, abastecimento de água para combate a incêndios, uso de materiais resistentes ao fogo e o limite de ocupação por andar. Além disso, tornou-se obrigatória a instalação de chuveiros automáticos (os famosos sprinklers) em prédios da capital.
O incêndio também impulsionou mudanças dentro do próprio Corpo de Bombeiros, com melhorias em treinamento, operações e equipamentos. Ainda em 1974, os debates sobre um novo Código de Obras foram retomados, e surgiu a Coordenadoria de Controle e Uso de Imóveis (Contru), responsável por fiscalizar e prevenir falhas de segurança em edificações em São Paulo.
Hoje, além das legislações municipais, normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Código de Defesa do Consumidor reforçam o compromisso com a prevenção a incêndios em prédios em todo o país.
Security
Nesse contexto, iniciativas como as da SEMAPI tornam-se ainda mais relevantes. Com experiência em testes de performance de sistemas de combate a incêndio, a empresa atua conforme os rigorosos critérios da NFPA (National Fire Protection Association) — referência mundial em segurança contra incêndios.
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